Originalmente, a palavra Caboclo significa mestiço de Branco com Índio
mas, na percepção umbandista, refere-se aos indígenas que em épocas remotas
habitaram diversas partes do planeta, como civilizações aparentemente
primitivas, mas na realidade de grande sabedoria. Espíritos que, embora em sua
encarnações tenham vivido em outros países, identificam-se espiritualmente na
vibração dos Caboclos, como por exemplo, os índios Americanos, os Astecas, os
Maias, os Incas e demais indígenas que povoaram a América do Sul.
Falar em Caboclos na Umbanda, é fazer menção a todos eles que, com
denominações diversas, atuam em nossos terreiros e que, com humildade, como
muito bem recomenda a espiritualidade, omitem detalhes referentes às suas vidas
quando encarnados. Na Umbanda, os Caboclos constituem uma falange e, como tal,
penetram em todas as linhas, atuando em diversas vibrações. Entretanto, cada um
deles tem uma vibração originária, que pode ser ou não aquela em que ele atua.
Antigamente existia a concepção de que todo Caboclo seria um Oxóssi, ou
seja, viria sob a vibração deste Orixá. Porém em nossa percepção, compreendemos
que Caboclos diferentes, possuem Vibrações Originais Diferentes, podendo se
apresentar sob a Vibração de Ogum, de Xangô, de Oxóssi ou Omulu. Já as
Caboclas, podem se apresentar sob as Vibrações de Iemanjá, de Oxum, de Iansã ou
de Nanã. Não há necessidade da Vibração do Caboclo-guia, coincidir com a
do Orixá dono da coroa do médium: o guia pode ser, por exemplo, de Ogum, e
atuar em um sensitivo que é filho de Oxóssi; apenas neste caso, a entidade,
embora sendo de Ogum, assimilará a vibração de Oxóssi.
CABOCLOS NA UMBANDA
As entidades assim denominadas que se
apresentam nos terreiros de umbanda são espíritos com um certo grau espiritual de
evolução.
São considerados espíritos de índios
que já morreram e que viraram guias de luz que voltam à Terra para prestar a
caridade ao próximo. Ou almas de pessoas que assumiram a roupagem fluídica de
caboclo como instrumento de ideal. São da Linha das Matas.
Apresentam-se altaneiros, dando o seu
grito de guerra e gesticulando como se lançassem suas flechas. Normalmente seus
conselhos visam a melhorar o ânimo dos mais necessitados. A imagem quase sempre
condiz com a figura do bom selvagem romantizado, belo, puro, nobre e arrojado.
São espíritos sérios e bastante contidos. Normalmente os consulentes os tratam
com muito respeito e até algum temor.
Geralmente se utilizam de charutos
para provocar a descarga espiritual de seu médium e também do seu consulente. Alguns
assoviam, outros bradam no ato da incorporação. Costumam ser bastante sérios
nos seus conselhos. São considerados, portanto, grandes trabalhadores dos
terreiros.
Nomes de alguns caboclos da Umbanda:
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Caboclo 7 encruzilhadas;
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Caboclo 7 flechas;
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Caboclo Pena Branca;
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Caboclo Cobra Coral;
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Caboclo Tupinambá;
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Caboclo Araribóia;
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Caboclo Tupi-guarani;
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Caboclo Ubirajara peito de aço;
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Caboclo Guaracy;
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Caboclo Tupã;
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Cacique Aimoré;
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Caboclo Cipó;
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Caboclo Arruda;
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Cabocla Jurema;
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Cabocla Juçara;
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Cabocla Diana das matas;
Cabocla Jupira
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